
Na década de 70, mais especificamente em 27 de julho de 1972 foram publicadas portarias do Ministério do Trabalho que tornaram obrigatórios alguns serviços e benefícios aos trabalhadores e por isso deu-se origem à data comemorativa que é lembrada todo ano neste dia o “Dia Nacional da Prevenção de Acidentes do Trabalho”.
A data tem como objetivo alertar para a importância de práticas que reduzam o número de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho e promovam um ambiente seguro e saudável a todos os trabalhadores.
É importante lembrar que as características físicas e as exigências mentais dos ambientes de trabalho é que determinam, em grande parte, as condições dos trabalhadores. Por isso, manter ambientes e processos de trabalho saudáveis é uma responsabilidade da Empresa que deve ser compartilhada entre todos e, por isso a participação dos trabalhadores é essencial no processo de identificação das situações de riscos presentes nos ambientes de trabalho.
É importante ressaltar que não podemos esquecer da saúde mental quanto se pensa em prevenção de acidentes nos ambientes de trabalho e que as ações preventivas devem ser ampliadas, indo além de assegurar benefícios como suporte psicológico aos trabalhadores.
É preciso olhar o ambiente e para as relações humanas, identificar comportamentos hierárquicos e entre pares que possam comprometer a saúde mental das pessoas, assuntos como preconceito e ameaças de demissão precisam ser abordados de maneira franca e aberta.
Atualmente se sabe que problemas de saúde mental podem contribuir para a queda do desempenho na qualidade do trabalho, comprometer a segurança, sem contar no absenteísmo e presenteísmo. Há evidências inclusive de maior associação de dias perdidos a transtornos mentais do que as doenças físicas, segundo estudo realizado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Para a construção de um ambiente de trabalho mais saudável e seguro com foco na saúde mental se faz necessário atuar na cultura organizacional e as estratégias devem ser implementadas a partir da alta gestão para a base. Além disso, a identificação dos riscos se faz necessária e um adequada avaliação e gestão ergonômica pode assegurar que isso seja realizado de uma maneira séria e comprometida.
Algumas medidas podem contribuir positivamente, como, por exemplo:
- Permitir aos trabalhadores opinarem sobre como seu trabalho deve ser realizado.
- Avaliar regularmente os requisitos de tempo e atribuir prazos e metas viáveis.
- Manter um local de trabalho livre de violência física e psicológica e garantir que haja relacionamentos de apoio entre supervisores e trabalhadores.
- Incentivar os trabalhadores a discutirem quaisquer demandas conflitantes entre trabalho e casa.
- Adequar o trabalho com as habilidades e capacidades físicas e psicológicas dos trabalhadores, atribuindo tarefas de acordo com as habilidades, experiência e competências.
- Garantir que as tarefas sejam claramente definidas; atribuir papéis claros, evitando conflitos e ambiguidade.
- Garantir a transparência e a justiça nos procedimentos de tratamento das reclamações.
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